1 de abr. de 2016

Pão

O pão é o maior alimento símbolo da nutrição do homem e da mulher. É com essa função que o pão torna-se símbolo ofertado a Deus como oblação da vida e do trabalho humano, como diz a oração da apresentação do pão, na preparação das oferendas da Missa.
No Antigo Testamento, Deus pede que lhe sejam oferecidos os pães da proposição — literalmente, os pães de sua face. Pães que eram colocados diante da face divina, diante dos olhos de Deus, durante uma semana, na Tenda ou no Templo, antes de serem consumidos pelos sacerdotes (Ex 25,30; Lv 24,5-9). Mas isto é apenas figura, imagem daquilo que se torna realidade em Jesus Cristo, pão vivo descido do céu (Jo 6,51).
            Jesus Cristo, Verbo de Deus, é a Palavra que veio de Deus e a ele retorna depois de produzir frutos para alimentar a vida humana (Is 55,11) e fortalecer o coração do homem e da mulher (Sl 103,15). No discurso do “Pão da Vida” (Jo 6), Jesus se apresenta como o Pão de Deus, que desceu do céu para dar vida; para nutrir a vida de cada homem e mulher. É o dom divino: o Pão da Vida, presente na vida humana do Verbo encarnado, oferecendo sua vida para que a humanidade viva (Jo 6,51) e tenha vida plena (Jo 10,10). Isto acontece de modo essencial na Eucaristia, momento no qual sua carne é verdadeiro alimento e seu sangue é verdadeira bebida (Jo 6,55). Consumindo o pão e o vinho eucaristizados, o comungante faz comunhão com Deus e participa do sacrifício de Jesus Cristo.
Na oração que o Mestre nos ensinou, ele nos faz pedir “o pão nosso de cada dia”, necessário para nossa alimentação (Mt 6,11). Mas, isto sempre faz referência ao Pão que o Pai nos dá, que é seu Filho entregue por nós. Da mesma forma, o pão que oferecemos ao Pai é o mesmo que serve para nossa alimentação, que sustenta a vida corporal e é fruto de nosso trabalho. Esta é uma grande beleza da Liturgia, que une, no pão, a vida humana e a vida divina.

Em certas ocasiões, como na Missa da Epifania, existe o costume de abençoar pães antes da preparação das oferendas, não destinados à consagração, mas para serem levados para a casa, da parte dos celebrantes. Os ritos de bênçãos de pães são muito antigos na Liturgia da Igreja. 
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