7 de set. de 2015

Opus Dei, sinônimo de Liturgia

“Opus Dei” – “Obra de Deus” ou as “Obras de Deus” — no Antigo Testamento são as maravilhas realizadas por Deus em favor do seu povo e com o seu povo (Gn 2,2-3; Is 5,12; Jr 48,10). No Novo Testamento, Jesus ensina que a “opus Deis” (a obra de Deus) consiste em crer naquele que ele enviou (Jo 6,28-29). Para São Paulo, a missão do Apóstolo consiste em colaborar com a “opus Dei”, com a “obra de Deus” em favor do povo (1Cor 3,9; 15,18), cuja atividade apostólica se caracteriza em continuar a obra de Cristo (“opus Christi”) (Fl 2,30), realizada no Mistério Pascal. Toda vida cristã, na prática, tem em vista colocar em ação — atualizar na sociedade — a “opus Dei” (a obra de Deus) para que o Reino de Deus aconteça entre nós.  
Dentre as atividades de atualizar a “opus Dei”, a Liturgia ocupa um posto central, pois a Liturgia é o conjunto de atos que condensa a colaboração de Deus e de seu povo, o momento mais integral e mais expressivo desta colaboração, para que a “opus Dei” (a obra de Deus) aconteça na terra.
É por isso que a expressão “opus Dei” tornou-se, no decorrer dos séculos V e VI, principalmente na Regra de São Bento, sinônimo de Liturgia. A expressão “opus Dei” tem a particularidade de poder significar, seja a obra do povo diante de Deus, através das celebrações litúrgicas, seja a obra divina em favor do povo, graças a ação memorial que acontece através da Liturgia.

A “opus Dei”, portanto, é uma feliz expressão para significar a Liturgia como o encontro de Deus com o povo na confirmação e na renovação da Nova Aliança. (SV). 



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