15 de ago. de 2015

Basílica de Santa Maria Maggiore

No ano de 431, os Padres do Concílio de Éfeso atribuíram solenemente a Maria o título de Mãe de Deus. Logo após o dogma da maternidade divina multiplicaram-se os santuários dedicados ao culto mariano e sobre a maior colina romana, Esquilino, por volta do ano 435, foi construída a Basílica de Santa Maria Maggiore, a igreja mais antiga do ocidente dedicada à Mãe de Jesus.

Modificada muitas vezes, no decorrer dos séculos, até chegar à atual arquitetura, a Basílica sempre conservou sua estrutura paleocristã: três naves colocadas entre duas filas de 30 colunas.

Nas paredes da nave central, sob os afrescos feitos no ano 1500, aparecem como anéis de uma corrente, 42 mosaicos representando os momentos mais significativos do Antigo Testamento, de Abraão a Josué.

Por causa de uma tradição vinda de agosto de 352, a Basílica de Santa Maria Maggiore é também conhecida como Santa Maria da Neve. Um acontecimento excepcional liga o nome de Papa Libério à primeira pedra da antiga igreja.

A pia tradição, que é milenar, conta de um sonho que aconteceu conjuntamente a Papa Libério, que foi Papa durante a metade do século III, e a um membro de uma rica família romana daquele tempo, que se chamava João. Os dois sonharam o mesmo sonho: construir um santuário, um templo, dedicado à Nossa Senhora. E, de modo milagroso, aconteceu uma nevada, em 5 de agosto. Sobre aquela nevada, o Papa desenhou os fundamentos da Basílica, que foi construída, e custeada pela rica família romana de João.

Durante os séculos, numerosas foram as marcas de mestres deixadas na Basílica, seja em esculturas como pinturas, a exemplo do cibório em formato de templo que está sobre o altar, construído a pedido de papa Sisto V. Uma obra prima de ourivesaria, projetada por Giovan Battista Ricci, realizada no final do século XVI. Aqui, Santo Inácio de Loyola celebrou sua primeira Missa em Roma, na noite de Natal de 1538.

Perto da sistina, mas do lado oposto, está a capela Paulina, cuja altar guarda o antigo e precioso ícone mariano, da “Salus Populi Romani” (Salvação do Povo Romano).

Também a ela, a pia tradição atribui, como a outros ícones da Mãe de Deus, no mundo, ser uma pintura de São Lucas. Durante muitos séculos, o ícone da “Salus Populi Romani” esteve no altar mor, até ser transferido para a capela construída no Pontificado de Papa Paulo V. Esta capela é o local onde Paulo V foi sepultado, juntamente com os descendentes de sua família.  

Desde tempos antiqüíssimos, a ícone da Salus Populi Romani foi levada em procissão quando a cidade de Roma era ameaçada por um sério perigo. Ela é a padroeira da cidade há quase 500 anos.

Do ano 1200 é o presépio de Arnolfo di Cambio, antigamente colocado na Capela Sistina da Basílica, hoje exposto no museu subterrâneo de Santa Maria Maggiore. Uma obra encomendada pelo Papa Nicolau IV para proteger a relíquia da manjedoura, na qual depuseram Jesus recém-nascido, com alguns pedaços da madeira da manjedoura conservados sob o altar mor.


Os pedaços de madeira foram trazidos a Roma e há 250 ou 300 anos foi construída uma teca de prata, por Valadier, custeada por uma família espanhola. Por isso, os espanhóis mantêm um vínculo com a Basílica. Em 1800, a pedido de Papa Pio IX, foi construída debaixo do altar mor uma pequena crípta, onde são guardados as relíquias da manjedoura onde nasceu Jesus. 
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